domingo, 24 de abril de 2011

Programação em C - Apostila da UFMG parte 2

AULA 3 - VARIÁVEIS, CONSTANTES, OPERADORES E EXPRESSÕES

Nomes de Variáveis

As variáveis no C podem ter qualquer nome se duas condições forem satisfeitas: o nome deve começar com uma letra ou sublinhado (_) e os caracteres subsequentes devem ser letras, números ou sublinhado (_). Há apenas mais duas restrições: o nome de uma variável não pode ser igual a uma palavra reservada, nem igual ao nome de uma função declarada pelo programador, ou pelas bibliotecas do C. Variáveis de até 32 caracteres são aceitas. Mais uma coisa: é bom sempre lembrar que o C é "case sensitive" e portanto deve-se prestar atenção às maiúsculas e minúsculas.

Dicas quanto aos nomes de variáveis...

  • É uma prática tradicional do C, usar letras minúsculas para nomes de variáveis e maiúsculas para nomes de constantes. Isto facilita na hora da leitura do código;
  • Quando se escreve código usando nomes de variáveis em português, evita-se possíveis conflitos com nomes de rotinas encontrados nas diversas bibliotecas, que são em sua maioria absoluta, palavras em inglês.

Os Tipos do C

O C tem 5 tipos básicos: char, int, float, void, double. Destes não vimos ainda os dois últimos: O double é o ponto flutuante duplo e pode ser visto como um ponto flutuante com muito mais precisão. O void é o tipo vazio, ou um "tipo sem tipo". A aplicação deste "tipo" será vista posteriormente.
            Para cada um dos tipos de variáveis existem os modificadores de tipo. Os modificadores de tipo do C são quatro: signed, unsigned, long e short. Ao float não se pode aplicar nenhum e ao double pode-se aplicar apenas o long. Os quatro modificadores podem ser aplicados a inteiros. A intenção é que short e long devam prover tamanhos diferentes de inteiros onde isto for prático. Inteiros menores (short) ou maiores (long). int normalmente terá o tamanho natural para uma determinada máquina. Assim, numa máquina de 16 bits, int provavelmente terá 16 bits. Numa máquina de 32, int deverá ter 32 bits. Na verdade, cada compilador é livre para escolher tamanhos adequados para o seu próprio hardware, com a única restrição de que shorts ints e ints devem ocupar pelo menos 16 bits, longs ints pelo menos 32 bits, e short int não pode ser maior que int, que não pode ser maior que long int. O modificador unsigned serve para especificar variáveis sem sinal. Um unsigned int será um inteiro que assumirá apenas valores positivos. A seguir estão listados os tipos de dados permitidos e seu valores máximos e mínimos em um compilador típico para um hardware de 16 bits. Também nesta tabela está especificado o formato que deve ser utilizado para ler os tipos de dados com a função scanf():
Tipo
Num de bits
Formato para leitura com scanf
Intervalo
Inicio
Fim
char
8
%c
-128
127
unsigned char
8
%c
0
255
signed char
8
%c
-128
127
int
16
%i
-32.768
32.767
unsigned int
16
%u
0
65.535 
signed int
16
%i
-32.768 
32.767
short int
16
%hi
-32.768
32.767
unsigned short int
16
%hu
0
65.535
signed short int
16
%hi
-32.768
32.767 
long int
32
%li
-2.147.483.648
2.147.483.647
signed long int
32
%li
-2.147.483.648
2.147.483.647
unsigned long int
32
%lu
0
4.294.967.295
float
32
%f
3,4E-38
3.4E+38 
double
64
%lf
1,7E-308
1,7E+308
long double
80
%Lf
3,4E-4932 
3,4E+4932
O tipo long double é o tipo de ponto flutuante com maior precisão. É importante observar que os intervalos de ponto flutuante, na tabela acima, estão indicados em faixa de expoente, mas os números podem assumir valores tanto positivos quanto negativos.

Declaração e Inicialização de Variáveis

As variáveis no C devem ser declaradas antes de serem usadas. A forma geral da declaração de variáveis é:
tipo_da_variável lista_de_variáveis;
As variáveis da lista de variáveis terão todas o mesmo tipo e deverão ser separadas por vírgula. Como o tipo default do C é o int, quando vamos declarar variáveis int com algum dos modificadores de tipo, basta colocar o nome do modificador de tipo. Assim um long basta para declarar um long int.
Por exemplo, as declarações
                char ch, letra;
                long count;
                float pi;
declaram duas variáveis do tipo char (ch e letra), uma variavel long int (count) e um float pi.
Há três lugares nos quais podemos declarar variáveis. O primeiro é fora de todas as funções do programa. Estas variáveis são chamadas variáveis globais e podem ser usadas a partir de qualquer lugar no programa. Pode-se dizer que, como elas estão fora de todas as funções, todas as funções as vêem. O segundo lugar no qual se pode declarar variáveis é no início de um bloco de código. Estas variáveis são chamadas locais e só têm validade dentro do bloco no qual são declaradas, isto é, só a função à qual ela pertence sabe da existência desta variável, dentro do bloco no qual foram declaradas.  O terceiro lugar onde se pode declarar variáveis é na lista de parâmetros de uma função. Mais uma vez, apesar de estas variáveis receberem valores externos, estas variáveis são conhecidas apenas pela função onde são declaradas.
Veja o programa abaixo:
                #include <stdio.h>
                int contador;
                int func1(int j) {
                /* aqui viria o código da funcao 
                  ...
            */
                }
                int main()
                {
                  char condicao;
                  int i;
                  for (i=0; i<100; i=i+1) 
                  {              /* Bloco do for */
                    float f2;
                    /* etc ...
                  ...
                */
                    func1(i);
                  }  
                  /* etc  ...  */
              return(0);
                }
A variável contador é uma variável global, e é acessível de qualquer parte do programa. As variáveis condição  e i, só existem dentro de main(), isto é são variáveis locais de main. A variável float f2 é um exemplo de uma variável de bloco, isto é, ela somente é conhecida dentro do bloco do for, pertencente à função main. A variável inteira j é um exemplo de declaração na lista de parâmetros de uma função (a função func1).

As regras que regem onde uma variável é válida chamam-se regras de escopo da variável. Há mais dois detalhes que devem ser ressaltados. Duas variáveis globais não podem ter o mesmo nome. O mesmo vale para duas variáveis locais de uma mesma função. Já duas variáveis locais, de funções diferentes, podem ter o mesmo nome sem perigo algum de conflito.
Podemos inicializar variáveis no momento de sua declaração. Para fazer isto podemos usar a forma geral
tipo_da_variável nome_da_variável = constante;
Isto é importante pois quando o C cria uma variável ele não a inicializa. Isto significa que até que um primeiro valor seja atribuído à nova variável ela tem um valor indefinido e que não pode ser utilizado para nada. Nunca presuma que uma variável declarada vale zero ou qualquer outro valor. Exemplos de inicialização são dados abaixo : 
char ch='D';
int count=0;
float pi=3.141;
Ressalte-se novamente que, em C, uma variável tem que ser declarada no início de um bloco de código. Assim, o programa a seguir não é válido em C (embora seja válido em C++).
int  main()
{
        int i;
        int j;
        j = 10; 
        int k = 20;  /* Esta declaracao de variável não é válida, pois não está sendo feita no início do bloco */
      return(0);
}
AUTO AVALIAÇÃO
Veja como você está:
Escreva um programa que declare uma variável inteira global e atribua o valor 10 a ela. Declare outras 5 variáveis inteiras locais ao programa principal e atribua os valores 20, 30, ..., 60 a elas. Declare 6 variáveis caracteres e atribua a elas as letras c, o, e, l, h, a . Finalmente, o programa deverá imprimir, usando todas as variáveis declaradas:
As variáveis inteiras contem os números: 10,20,30,40,50,60
O animal contido nas variáveis caracteres e' a coelha







Constantes
Constantes são valores que são mantidos fixos pelo compilador. Já usamos constantes neste curso. São consideradas constantes, por exemplo, os números e caracteres como 45.65 ou 'n', etc...
- Constantes dos tipos básicos
Abaixo vemos as constantes relativas aos tipos básicos do C:  
Tipo de Dado
Exemplos de Constantes
char
'b' '\n' '\0'
int
2 32000 -130
long int
100000 -467
short int
100 -30
unsigned int
50000 35678
float
0.0 23.7 -12.3e-10
double
12546354334.0 -0.0000034236556

- Constantes hexadecimais e octais

Muitas vezes precisamos inserir constantes hexadecimais (base dezesseis) ou octais (base oito) no nosso programa. O C permite que se faça isto. As constantes hexadecimais começam com 0x. As constantes octais começam em 0.
Alguns exemplos:  
Constante
Tipo
0xEF
Constante Hexadecimal (8 bits)
0x12A4
Constante Hexadecimal (16 bits)
03212
Constante Octal (12 bits)
034215432
Constante Octal (24 bits)
Nunca escreva portanto 013 achando que o C vai compilar isto como se fosse 13. Na linguagem C 013 é diferente de 13!
- Constantes strings
Já mostramos como o C trata strings. Vamos agora alertar para o fato de que uma string "Joao" é na realidade uma constante string. Isto implica, por exemplo, no fato de que 't' é diferente de "t", pois 't' é um char enquanto que "t" é uma constante string com dois chars onde o primeiro é 't' e o segundo é '\0'.
- Constantes de barra invertida
O C utiliza, para nos facilitar a tarefa de programar, vários códigos chamados códigos de barra invertida. Estes são caracteres que podem ser usados como qualquer outro. Uma lista com alguns  dos códigos de barra invertida é dada a seguir:
 
Código
Significado
\b 
Retrocesso ("back")
\f 
Alimentação de formulário ("form feed") 
\n 
Nova linha ("new line") 
\t 
Tabulação horizontal ("tab")  
\" 
Aspas 
\' 
Apóstrofo 
\0   
Nulo (0 em decimal) 
\\ 
Barra invertida 
\v 
Tabulação vertical 
\a 
Sinal sonoro ("beep") 
\N 
Constante octal (N é o valor da constante) 
\xN
Constante hexadecimal (N é o valor da constante)

 

Operadores Aritméticos e de Atribuição

Os operadores aritméticos são usados para desenvolver operações matemáticas. A seguir apresentamos a lista dos operadores aritméticos do C:
Operador
Ação
+
Soma (inteira e ponto flutuante)
-
Subtração ou Troca de sinal (inteira e ponto flutuante) 
*
Multiplicação (inteira e ponto flutuante) 
/
Divisão (inteira e ponto flutuante) 
%
Resto de divisão (de inteiros) 
++
Incremento (inteiro e ponto flutuante) 
--
Decremento (inteiro e ponto flutuante)
O C possui operadores unários e binários. Os unários agem sobre uma variável apenas, modificando ou não o seu valor, e retornam o valor final da variável. Os binários usam duas variáveis e retornam um terceiro valor, sem alterar as variáveis originais. A soma é um operador binário pois pega duas variáveis, soma seus valores, sem alterar as variáveis, e retorna esta soma. Outros operadores binários são os operadores - (subtração), *, / e %. O operador - como troca de sinal é um operador unário que não altera a variável sobre a qual é aplicado, pois ele retorna o valor da variável multiplicado por -1.
O operador / (divisão) quando aplicado a variáveis inteiras, nos fornece o resultado da divisão inteira; quando aplicado a variáveis em ponto flutuante nos fornece o resultado da divisão "real". O operador % fornece o resto da divisão de dois inteiros.

Assim seja o seguinte trecho de código:
        int a = 17, b = 3;
        int x, y;
        float z = 17. , z1, z2;
        x = a / b;
        y = a % b;
        z1 = z / b;
        z2 = a/b;

ao final da execução destas linhas, os valores calculados seriam  x = 5,  y = 2,  z1 = 5.666666 e z2 = 5.0 . Note que, na linha correspondente a z2, primeiramente é feita uma divisão inteira (pois os dois operandos são inteiros). Somente após efetuada a divisão é que o resultado é atribuído a uma variável float.
 Os operadores de incremento e decremento são unários que alteram a variável sobre a qual estão aplicados. O que eles fazem é incrementar ou decrementar, a variável sobre a qual estão aplicados, de 1. Então
                x++;
                x--;
são equivalentes a
                       x=x+1;
                    x=x-1;
Estes operadores podem ser pré-fixados ou pós- fixados. A diferença é que quando são pré-fixados eles incrementam e retornam o valor da variável já incrementada. Quando são pós-fixados eles retornam o valor da variável sem o incremento e depois incrementam a variável. Então, em
                                   x=23;
                                    y=x++;

teremos, no final, y=23 e x=24. Em
               x=23;
                y=++x;
teremos, no final, y=24 e x=24. Uma curiosidade: a linguagem de programação C++ tem este nome pois ela seria um "incremento" da linguagem C padrão. A linguagem C++ é igual à linguagem C só que com extensões que permitem a programação orientada a objeto, o que é um recurso extra.
O operador de atribuição do C é o =. O que ele faz é pegar o valor à direita e atribuir à variável da esquerda. Além disto ele retorna o valor que ele atribuiu. Isto faz com que as seguintes expressões sejam válidas:
x=y=z=1.5;              /* Expressao 1 */
if (k=w) ...        /* Expressão 2 */
A expressão 1 é válida, pois quando fazemos z=1.5 ela retorna 1.5, que é passado adiante, fazendo y = 1.5 e posteriormente x = 1.5. A expressão 2 será verdadeira se w for diferente de zero, pois este será o valor retornado por k=w. Pense bem antes de usar a expressão dois, pois ela pode gerar erros de interpretação. Você não está comparando k e w. Você está atribuindo o valor de w a k e usando este valor para tomar a decisão.
AUTO AVALIAÇÃO
Veja como você está:
Diga o resultado das variáveis x, y e z depois da seguinte seqüência de operações:
        int x,y,z;
        x=y=10;
        z=++x;
        x=-x;
        y++;
        x=x+y-(z--);

Operadores Relacionais e Lógicos

Os operadores relacionais do C realizam comparações entre variáveis.
São eles:
Operador
Ação
> 
Maior do que
>=
Maior ou igual a
< 
Menor do que
<=
Menor ou igual a
==
Igual a
!=
Diferente de
Os operadores relacionais retornam verdadeiro (1) ou falso (0). Para verificar o funcionamento dos operadores relacionais, execute o programa abaixo:
/* Este programa ilustra o funcionamento dos operadores relacionais. */
#include <stdio.h>
int main()
{
    int i, j;
    printf("\nEntre com dois números inteiros: ");
    scanf("%d%d", &i, &j);
    printf("\n%d == %d é %d\n", i, j, i==j);
    printf("\n%d != %d é %d\n", i, j, i!=j);
    printf("\n%d <= %d é %d\n", i, j, i<=j);
    printf("\n%d >= %d é %d\n", i, j, i>=j);
    printf("\n%d < %d é %d\n", i, j, i<j);
    printf("\n%d > %d é %d\n", i, j, i>j);
    return(0);
}
Você pode notar que o resultado dos operadores relacionais é sempre igual a 0 (falso) ou 1 (verdadeiro).

Para fazer operações com valores lógicos (verdadeiro e falso) temos os operadores lógicos:  
Operador
Ação
&&
AND (E)
||
OR (OU)
!
NOT (NÃO)
Usando os operadores relacionais e lógicos podemos realizar uma grande gama de testes. A tabela-verdade destes operadores é dada a seguir:  
 
falso 
falso 
verdadeiro 
verdadeiro 
 
falso 
verdadeiro 
falso 
verdadeiro 
p AND q  
falso 
falso 
falso 
verdadeiro 
p OR q  
falso 
verdadeiro 
verdadeiro 
verdadeiro 
O programa a seguir ilustra o funcionamento dos operadores lógicos. Compile-o e faça testes com vários valores para i e j:
#include <stdio.h> 
int main()
{
    int i, j;
    printf("informe dois números(cada um sendo 0 ou 1): ");
    scanf("%d%d", &i, &j);
    printf("%d AND %d é %d\n", i, j, i && j);
    printf("%d OR %d é %d\n", i, j, i || j);
    printf("NOT %d é %d\n", i, !i);
}
Exemplo: No trecho de programa abaixo a operação j++ será executada, pois o resultado da expressão lógica é verdadeiro:
int i = 5, j =7;
if ( (i > 3) && ( j <= 7)  && ( i != j) )  j++;
        V    AND    V     AND   V  = V

Mais um exemplo. O programa abaixo, imprime na tela somente os números pares entre 1 e 100, apesar da variação de i ocorrer de 1 em 1:
/* Imprime os números pares entre 1 e 100. */
#include <stdio.h>
int main()
{
    int i;
    for(i=1; i<=100; i++)
        if(!(i%2)) printf("%d ",i);     /* o operador de resto dará falso (zero) */
}                                       /* quando usada c/ número par. Esse resultado*/
                                        /* é invertido pelo ! */

- Operadores Lógicos Bit a Bit

O C permite que se faça operações lógicas "bit-a- bit" em números. Ou seja, neste caso, o número é representado por sua forma binária e as operações são feitas em cada bit dele. Imagine um número inteiro de 16 bits, a variável i, armazenando o valor 2. A representação binária de i, será: 0000000000000010 (quinze zeros e um único 1 na segunda posição da direita para a esquerda). Poderemos fazer operações em cada um dos bits deste número. Por exemplo, se fizermos a negação do número (operação binária NOT, ou operador binário ~ em C), isto é, ~i, o número se transformará em 1111111111111101. As operações binárias ajudam programadores que queiram trabalhar com o computador em "baixo nível". As operações lógicas bit a bit só podem ser usadas nos tipos char, int e long int. Os operadores são:
Operador
Ação
&
AND
|
OR
^
XOR (OR exclusivo)
~
NOT
>> 
Deslocamento de bits à direita
<< 
Deslocamento de bits à esquerda
Os operadores &, |, ^ e ~ são as operações lógicas bit a bit. A forma geral dos operadores de deslocamento é:
valor>>número_de_deslocamentos
valor<<número_de_deslocamentos
O número_de_deslocamentos indica o quanto cada bit irá ser deslocado.  Por exemplo, para a variável i anterior, armazenando o número 2:
i << 3;
fará com que i agora tenha a representação binária:  0000000000010000, isto é, o valor armazenado em i passa a ser igual a 16.
AUTO AVALIAÇÃO
Veja como você está:
Diga se as seguintes expressões serão verdadeiras ou falsas:
     ->      ((10>5)||(5>10))
  ->      (!(5==6)&&(5!=6)&&((2>1)||(5<=4)))




Expressões

Expressões são combinações de variáveis, constantes e operadores. Quando montamos expressões temos que levar em consideração a ordem com que os operadores são executados, conforme a tabela de precedências da linguagem C.
Exemplos de expressões:
Anos=Dias/365.25;
i = i+3;
c= a*b + d/e;
c= a*(b+d)/e;

- Conversão de tipos em expressões

Quando o C avalia expressões onde temos variáveis de tipos diferentes o compilador verifica se as conversões são possíveis. Se não são, ele não compilará o programa, dando uma mensagem de erro. Se as conversões forem possíveis ele as faz, seguindo as regras abaixo:  
  1. Todos os chars e short ints são convertidos para ints. Todos os floats são convertidos para doubles.
  2. Para pares de operandos de tipos diferentes: se um deles é long double o outro é convertido para long double; se um deles é double o outro é convertido para double; se um é long o outro é convertido para long; se um é unsigned o outro é convertido para unsigned.

- Expressões que Podem ser Abreviadas

O C admite as seguintes equivalências, que podem ser usadas para simplificar expressões ou para facilitar o entendimento de um programa: 
Expressão Original
Expressão Equivalente
x=x+k;
x+=k;
x=x-k;
x-=k;
x=x*k;
x*=k;
x=x/k;
x/=k;
x=x>>k;
x>>=k;
x=x<<k;
x<<=k;
x=x&k;
x&=k;
etc...
- Encadeando expressões: o operador ,
O operador , determina uma lista de expressões que devem ser executadas seqüencialmente. Em síntese, a vírgula diz ao compilador: execute as duas expressões separadas pela vírgula, em seqüência.  O valor retornado por uma expressão com o operador , é sempre dado pela expressão mais à direita. No exemplo abaixo:
x=(y=2,y+3);
o valor 2 vai ser atribuído a y, se somará 3 a y e o retorno (5) será atribuído à variável x . Pode-se encadear quantos operadores ,  forem necessários.
O exemplo a seguir mostra um outro uso para o operador , dentro de um  for:
#include<stdio.h>
int main()
{
    int x, y;
    for(x=0 , y=0 ;  x+y < 100 ; ++x , y++)  /* Duas variáveis de controle: x e y . Foi atribuído o valor zero a cada uma delas na inicialização do for e ambas são incrementadas na parte de incremento do for */
    printf("\n%d ", x+y);  /* o programa imprimirá os números pares de 2 a 98 */
}

- Tabela de Precedências do C

Esta é a tabela de precedência dos operadores em C. Alguns (poucos) operadores ainda não foram estudados, e serão apresentados em aulas posteriores.
Maior precedência
() [] ->

! ~ ++ -- . -(unário) (cast) *(unário) &(unário) sizeof

* / %

+ -

<<  >>

<<=  >>=

== !=

&

^

|

&&

||

?

=  +=  -=  *=  /=
Menor precedência
,
Uma dica aos iniciantes: Você não precisa saber toda a tabela de precedências de cor. É útil que você conheça as principais relações, mas é aconselhável que ao escrever o seu código, você tente isolar as expressões com parênteses, para tornar o seu programa mais legível.

Modeladores (Casts)

Um modelador é aplicado a uma expressão. Ele força a mesma a ser de um tipo especificado. Sua forma geral é:
  (tipo)expressão
Um exemplo:
        #include <stdio.h>
        int main ()
        {
                int num;
                float f;
                num=10;
                f=(float)num/7;  /* Uso do modelador . Força a transformação de num em um float */
                printf ("%f",f);
                return(0);
        }
Se não tivéssemos usado o modelador no exemplo acima o C faria uma divisão inteira entre 10 e 7. O resultado seria 1 (um) e este seria depois convertido para float mas continuaria a ser 1.0. Com o modelador temos o resultado correto.

AUTO AVALIAÇÃO
Veja como você está:
Compile o exemplo acima sem usar o modelador, e verifique os resultados. Compile-o novamente usando o modelador e compare a saída com os resultados anteriores.












Aula 4 - ESTRUTURAS DE CONTROLE DE FLUXO

As estruturas de controle de fluxo são fundamentais para qualquer linguagem de programação. Sem elas só haveria uma maneira do programa ser executado: de cima para baixo comando por comando. Não haveria condições, repetições ou saltos. A linguagem C possui diversos comandos de controle de fluxo. É possível resolver todos os problemas sem utilizar todas elas, mas devemos nos lembrar que a elegância e facilidade de entendimento de um programa dependem do uso correto das estruturas no local certo.

O Comando if

Já introduzimos o comando if. Sua forma geral é:
if (condição) declaração;
A expressão, na condição, será avaliada. Se ela for zero, a declaração não será executada. Se a condição for diferente de zero a declaração será executada. Aqui reapresentamos o exemplo de um uso do comando if :
#include <stdio.h>
int main ()
{
      int num;
      printf ("Digite um numero: ");
      scanf ("%d",&num);
      if (num>10)
            printf ("\n\nO numero e maior que 10");
      if (num==10)
        {
            printf ("\n\nVoce acertou!\n");
            printf ("O numero e igual a 10.");
        }
      if (num<10)
            printf ("\n\nO numero e menor que 10");
      return(0);
}

- O else

Podemos pensar no comando else como sendo um complemento do comando if. O comando if completo tem a seguinte forma geral:
if (condição) declaração_1;
else declaração_2;
A expressão da condição será avaliada. Se ela for diferente de zero a declaração 1 será executada. Se for zero a declaração 2 será executada. É importante nunca esquecer que, quando usamos a estrutura if-else, estamos garantindo que uma das duas declarações será executada. Nunca serão executadas as duas ou nenhuma delas. Abaixo está um exemplo do uso do if-else que deve funcionar como o programa da seção anterior.
#include <stdio.h>
int main ()
{
               int num;
               printf ("Digite um numero: ");
               scanf ("%d",&num);
               if (num==10)
               {
                               printf ("\n\nVoce acertou!\n");
                               printf ("O numero e igual a 10.\n");
               }
               else 
               {
                               printf ("\n\nVoce errou!\n");
                               printf ("O numero e diferente de 10.\n");
               }
               return(0);
}

- O if-else-if

A estrutura if-else-if é apenas uma extensão da estrutura if-else. Sua forma geral pode ser escrita como sendo:
if (condição_1) declaração_1;
else if (condição_2) declaração_2;
else if (condição_3) declaração_3;
.
.
.
else if (condição_n) declaração_n;
else declaração_default;
A estrutura acima funciona da seguinte maneira: o programa começa a testar as condições começando pela 1 e continua a testar até que ele ache uma expressão cujo resultado dê diferente de zero. Neste caso ele executa a declaração correspondente. Só uma declaração será executada, ou seja, só será executada a declaração equivalente à primeira condição que der diferente de zero. A última declaração (default) é a que será executada no caso de todas as condições darem zero e é opcional.






Um exemplo da estrutura acima:
#include <stdio.h>
int main ()
{
      int num;
      printf ("Digite um numero: ");
      scanf ("%d",&num);
      if (num>10)
            printf ("\n\nO numero e maior que 10");
      else if (num==10)
        {
            printf ("\n\nVoce acertou!\n");
            printf ("O numero e igual a 10.");
        }
      else if (num<10) 
             printf ("\n\nO numero e menor que 10");
      return(0);
}

- A expressão condicional

Quando o compilador avalia uma condição, ele quer um valor de retorno para poder tomar a decisão. Mas esta expressão não necessita ser uma expressão no sentido convencional. Uma variável sozinha pode ser uma "expressão" e esta retorna o seu próprio valor. Isto quer dizer que teremos as seguintes expressões:
 
                int num;
                if (num!=0) ....
                if (num==0) ....
            for (i = 0; string[i] != '\0'; i++)
equivalem a  
                int num;
                if (num) ....
                if (!num) ....
            for (i = 0; string[i]; i++)
Isto quer dizer que podemos simplificar algumas expressões simples.

- ifs aninhados

O if aninhado é simplesmente um if dentro da declaração de um outro if externo. O único cuidado que devemos ter é o de saber exatamente a qual if um determinado else está ligado.



Vejamos um exemplo:  
#include <stdio.h>
int main ()
{
      int num;
      printf ("Digite um numero: ");
      scanf ("%d",&num);
      if (num==10)
        {
            printf ("\n\nVoce acertou!\n");
            printf ("O numero e igual a 10.\n");
        }
      else
        {
            if (num>10)
                {
                  printf ("O numero e maior que 10.");
                }
            else
                {
                  printf ("O numero e menor que 10.");
                }
        }
      return(0);
}

- O Operador ?

Uma expressão como:
if (a>0)
        b=-150;
else
        b=150;
pode ser simplificada usando-se o operador ? da seguinte maneira:
b=a>0?-150:150;
De uma maneira geral expressões do tipo:
if (condição)
expressão_1;
else
expressão_2;
podem ser substituídas por:
condição?expressão_1:expressão_2;
O operador ? é limitado (não atende a uma gama muito grande de casos) mas pode ser usado para simplificar expressões complicadas. Uma aplicação interessante é a do contador circular.

Veja o exemplo:
#include <stdio.h>
int main()
{
     int index = 0, contador;
     char letras[5] = "Joao";
     for (contador=0; contador < 1000; contador++)
     { 
      printf("\n%c",letras[index]);
      (index==3) ? index=0: ++index; 
     }
} 
O nome Joao é escrito na tela verticalmente até a variável contador determinar o término do programa. Enquanto isto a variável index assume os valores 0, 1, 2, 3, , 0, 1, ... progressivamente.
AUTO-AVALIAÇÃO
Veja como você está:
Altere o último exemplo para que ele escreva cada letra 5 vezes seguidas. Para isto, use um 'if' para testar se o contador é divisível por cinco (utilize o operador %) e só então realizar a atualização em index.

O Comando switch

O comando if-else e o comando switch são os dois comandos de tomada de decisão. Sem dúvida alguma o mais importante dos dois é o if, mas o comando switch tem aplicações valiosas. Mais uma vez vale lembrar que devemos usar o comando certo no local certo. Isto assegura um código limpo e de fácil entendimento. O comando switch é próprio para se testar uma variável em relação a diversos valores pré-estabelecidos. Sua forma geral é:
switch (variável)
{
case constante_1:
declaração_1;
break;
case constante_2:
declaração_2;
break;
.
.
.
case constante_n:
declaração_n;
break;
default
declaração_default;
}

Podemos fazer uma analogia entre o switch e a estrutura if-else-if apresentada anteriormente. A diferença fundamental é que a estrutura switch não aceita expressões. Aceita apenas constantes. O switch testa a variável e executa a declaração cujo case corresponda ao valor atual da variável. A declaração default é opcional e será executada apenas se a variável, que está sendo testada, não for igual a nenhuma das constantes.
O comando break, faz com que o switch seja interrompido assim que uma das declarações seja executada. Mas ele não é essencial ao comando switch. Se após a execução da declaração não houver um break, o programa continuará executando. Isto pode ser útil em algumas situações, mas eu recomendo cuidado. Veremos agora um exemplo do comando switch:  
#include <stdio.h>
int main ()
{
      int num;
      printf ("Digite um numero: ");
      scanf ("%d",&num);
      switch (num)
        {
            case 9:
                  printf ("\n\nO numero e igual a 9.\n");
            break;
            case 10:
                  printf ("\n\nO numero e igual a 10.\n");
            break;
            case 11:
                  printf ("\n\nO numero e igual a 11.\n");
            break;
            default:
                  printf ("\n\nO numero nao e nem 9 nem 10 nem 11.\n");
        }
      return(0);
}
AUTO AVALIAÇÃO
Veja como você está.
Escreva um programa que pede para o usuário entrar um número correspondente a um dia da semana e que então apresente na tela o nome do dia. utilizando o comando switch.




O Comando for

for é a primeira de uma série de três estruturas para se trabalhar com loops de repetição. As outras são  whiledo. As três compõem a segunda família de comandos de controle de fluxo. Podemos pensar nesta família como sendo a das estruturas de repetição controlada.
            Como já foi dito, o loop for é usado para repetir um comando, ou bloco de comandos, diversas vezes, de maneira que se possa ter um bom controle sobre o loop. Sua forma geral é:
for (inicialização;condição;incremento) declaração;
O melhor modo de se entender o loop for é ver como ele funciona "por dentro". O loop for é equivalente a se fazer o seguinte:  
inicialização;
if (condição)
{

declaração;
incremento;
"Volte para o comando if"
}  
Podemos ver, então, que o for executa a inicialização incondicionalmente e testa a condição. Se a condição for falsa ele não faz mais nada. Se a condição for verdadeira ele executa a declaração, faz o incremento e volta a testar a condição. Ele fica repetindo estas operações até que a condição seja falsa. Um ponto importante é que podemos omitir qualquer um dos elementos do for, isto é, se não quisermos uma inicialização poderemos omiti-la. Abaixo vemos um programa que coloca os primeiros 100 números inteiros na tela:  
#include <stdio.h>
int main ()
{
    int count;
    for (count=1; count<=100; count++) printf ("%d ",count);
    return(0);
}
Note que, no exemplo acima, há uma diferença em relação ao exemplo anterior. O incremento da variável count é feito usando o operador de incremento que nós agora já conhecemos. Esta é a forma usual de se fazer o incremento (ou decremento) em um loop for.
O for na linguagem C é  bastante flexível. Temos acesso à inicialização, à condição e ao incremento. Qualquer uma destas partes do for pode ser uma expressão qualquer do C, desde que ela seja válida. Isto nos permite fazer o que quisermos com o comando. As três formas do for abaixo são válidas:
for ( count = 1; count < 100 ; count++) { ... }
for (count = 1; count < NUMERO_DE_ELEMENTOS ; count++) { ... }
for (count = 1; count < BusqueNumeroDeElementos() ; count+=2) { ... }
etc ...
Preste atenção ao último exemplo: o incremento está sendo feito de dois em dois. Além disto, no teste está sendo utilizada uma função (BusqueNumeroDeElementos() ) que retorna um valor que está sendo comparado com count.

- O loop infinito

O loop infinito tem a forma
for (inicialização; ;incremento) declaração;
Este loop chama-se loop infinito porque será executado para sempre (não existindo a condição, ela será sempre considerada verdadeira), a não ser que ele seja interrompido. Para interromper um loop como este usamos o comando break. O comando break vai quebrar o loop infinito e o programa continuará sua execução normalmente.
Como exemplo vamos ver um programa que faz a leitura de uma tecla e sua impressão na tela, até que o usuario aperte uma tecla sinalizadora de final (um FLAG). O nosso FLAG será a letra 'X'. Repare que tivemos que usar dois scanf() dentro do for. Um busca o caractere que foi digitado e o outro busca o outro caracter digitado na seqüência, que é o caractere correspondente ao <ENTER>. 
#include <stdio.h>
int main ()
{
   int Count;
   char ch;
   printf(" Digite uma letra - <X para sair> ");
   for (Count=1;;Count++)
   {
     scanf("%c", &ch);
     if (ch == 'X') break;
     printf("\nLetra: %c \n",ch);
     scanf("%c", &ch);
   }
   return(0);
}

- O loop sem conteúdo

Loop sem conteúdo é aquele no qual se omite a declaração. Sua forma geral é (atenção ao ponto e vírgula!):
for (inicialização;condição;incremento);




Uma das aplicações desta estrutura é gerar tempos de espera.
O programa
#include <stdio.h>
int main ()
{
      long int i;
      printf("\a");                /* Imprime o caracter de alerta (um beep) */
      for (i=0; i<10000000; i++);  /* Espera 10.000.000 de iteracoes */
      printf("\a");                /* Imprime outro caracter de alerta */
      return(0);
}
faz isto.

AUTO AVALIAÇÃO
Veja como você está.
Faça um programa que inverta uma string: leia a string com gets e armazene-a invertida em outra string. Use o comando for para varrer a string até o seu final.
                                              

O Comando while

O comando while tem a seguinte forma geral:
while (condição) declaração;
Assim como fizemos para o comando for, vamos tentar mostrar como o while funciona fazendo uma analogia. Então o while seria equivalente a:
 if (condição)
{

declaração;
"Volte para o comando if"
}
Podemos ver que a estrutura while testa uma condição. Se esta for verdadeira a declaração é executada e faz-se o teste novamente, e assim por diante. Assim como no caso do for, podemos fazer um loop infinito. Para tanto basta colocar uma expressão eternamente verdadeira na condição. Pode-se também omitir a declaração e fazer um loop sem conteúdo. Vamos ver um exemplo do uso do while.   O programa abaixo é executado enquanto i for menor que 100. Veja que ele seria implementado mais naturalmente com um for ...

#include <stdio.h>
int main ()
{
      int i = 0;
      while ( i < 100)  
      {
            printf(" %d", i);
            i++;
            }
      return(0);
}
O programa abaixo espera o usuário digitar a tecla 'q' e só depois finaliza:  
#include <stdio.h>
int main ()
{
      char Ch;
      Ch='\0';
      while (Ch!='q') 
       {
            scanf("%c", &Ch);
       }
      return(0);
}  

AUTO AVALIAÇÃO
Veja como você está:
Refaça o programa da página anterior. Use o comando while para fechar o loop.

O Comando do-while

A terceira estrutura de repetição que veremos é o do-while de forma geral:  
do
{
declaração;
} while (condição);
Mesmo que a declaração seja apenas um comando é uma boa prática deixar as chaves. O ponto-e- vírgula final é obrigatório. Vamos, como anteriormente, ver o funcionamento da estrutura do-while "por dentro":
declaração;
if (condição) "Volta para a declaração"
Vemos pela análise do bloco acima que a estrutura do-while executa a declaração, testa a condição e, se esta for verdadeira, volta para a declaração. A grande novidade no comando do-while é que ele, ao contrário do for e do while, garante que a declaração será executada pelo menos uma vez.
Um dos usos da extrutura do-while é em menus, nos quais você quer garantir que o valor digitado pelo usuário seja válido, conforme apresentado abaixo:  
#include <stdio.h>
int main ()
{
      int  i;
      do
        {
            printf ("\n\nEscolha a fruta pelo numero:\n\n");
            printf ("\t(1)...Mamao\n");
            printf ("\t(2)...Abacaxi\n");
            printf ("\t(3)...Laranja\n\n");
            scanf("%d", &i); 
        } while ((i<1)||(i>3));
 
      switch (i)
        {
            case 1:
                  printf ("\t\tVoce escolheu Mamao.\n");
            break;
            case 2:
                  printf ("\t\tVoce escolheu Abacaxi.\n");
            break;
            case 3:
                  printf ("\t\tVoce escolheu Laranja.\n");
            break;
        }
      return(0);
}

AUTO AVALIAÇÃO
Veja como você está.
Refaça o exercício da página c410.html utilizando o laço do-while para controlar o fluxo.

O Comando break

Nós já vimos dois usos para o comando break: interrompendo os comandos switch e for. Na verdade, estes são os dois usos do comando break: ele pode quebrar a execução de um comando (como no caso do switch) ou interromper a execução de qualquer loop (como no caso do for, do while ou do do while). O break faz com que a execução do programa continue na primeira linha seguinte ao loop ou  bloco que está sendo interrompido.


Observe que um break causará uma saída somente do laço mais interno. Por exemplo:
for(t=0; t<100; ++t)
{
      count=1;
      for(;;)
      {
            printf("%d", count);
            count++;
            if(count==10) break;
      }
}
O código acima imprimirá os números de 1 a 10 cem vezes na tela. Toda vez que o break é encontrado, o controle é devolvido para o laço for externo.
Outra observaçao é o fato que um break usado dentro de uma declaraçao switch afetará somente os dados relacionados com o switch e nao qualquer outro laço em que o switch estiver.

O Comando continue
O comando continue pode ser visto como sendo o oposto do break. Ele só funciona dentro de um loop. Quando o comando continue é encontrado, o loop pula para a próxima iteração, sem o abandono do loop, ao contrário do que acontecia no comando break.  O programa abaixo exemplifica o uso do continue:
#include <stdio.h>
int main()
{
        int opcao;
        while (opcao != 5)
        {
               printf("\n\n Escolha uma opcao entre 1 e 5: ");
               scanf("%d", &opcao);
               if ((opcao > 5)||(opcao <1)) continue;  /* Opcao invalida: volta ao inicio do loop */
                switch (opcao)
               
                       case 1: 
                               printf("\n --> Primeira opcao..");
                       break; 
                       case 2: 
                               printf("\n --> Segunda opcao..");
                       break; 
                       case 3: 
                               printf("\n --> Terceira opcao..");
                       break; 
                       case 4: 
                               printf("\n --> Quarta opcao..");
                       break; 
                       case 5: 
                               printf("\n --> Abandonando..");
                       break; 
               
       }
return(0);
}
O programa acima ilustra uma aplicação simples para o continue. Ele recebe uma opção do usuario. Se esta opção for inválida, o continue faz com que o fluxo seja desviado de volta ao início do loop. Caso a opção escolhida seja válida o programa segue normalmente.

O Comando goto

Vamos mencionar o goto apenas para que você saiba que ele existe. O goto é o último comando de controle de fluxo. Ele pertence a uma classe à parte: a dos comandos de salto incondicional. O goto realiza um salto para um local especificado. Este local é determinado por um rótulo. Um rótulo, na linguagem C, é uma marca no programa. Você dá o nome que quiser a esta marca. Podemos tentar escrever uma forma geral:  
nome_do_rótulo:
....

goto nome_do_rótulo;
....
Devemos declarar o nome do rótulo na posição para a qual vamos dar o salto seguido de :. O goto pode saltar para um rótulo que esteja mais à frente ou para trás no programa. Uma observação importante é que o rótulo e o goto devem estar dentro da mesma função. Como exemplo do uso do goto vamos reescrever o equivalente ao comando for apresentado na seção equivalente ao mesmo:  
inicialização;
início_do_loop:
if (condição)
{
declaração;
incremento;
goto início_do_loop;
}  
O comando goto deve ser utilizado com parcimônia, pois o abuso no seu uso tende a tornar o código confuso. O goto não é um comando necessário, podendo sempre ser substituído por outras estruturas de controle. Recomendamos que o goto nunca seja usado.
Existem algumas situações muito específicas onde o comando goto pode tornar um código mais fácil de se entender se ele for bem empregado. Um caso em que ele pode ser útil é quando temos vários loops e ifs aninhados e se queira, por algum motivo, sair destes loops e ifs todos de uma vez. Neste caso um goto resolve o problema mais elegantemente que vários breaks, sem contar que os breaks exigiriam muito mais testes. Ou seja, neste caso o goto é mais elegante e mais rápido.

O exemplo da página anterior pode ser reescrito usando-se o goto:
#include <stdio.h>
int main()
{
      int opcao;
      while (opcao != 5)
            {
            REFAZ: printf("\n\n Escolha uma opcao entre 1 e 5: ");
                  scanf("%d", &opcao);
                  if ((opcao > 5)||(opcao <1)) goto REFAZ;  /* Opcao invalida: volta ao rotulo REFAZ */
                  switch (opcao)
            
                  case 1: 
                               printf("\n --> Primeira opcao..");
                  break; 
                  case 2: 
                               printf("\n --> Segunda opcao..");
                  break; 
                  case 3: 
                               printf("\n --> Terceira opcao..");
                  break; 
                  case 4: 
                               printf("\n --> Quarta opcao..");
                  break; 
                  case 5: 
                               printf("\n --> Abandonando..");
                  break; 
            
            }
      return(0);
}
 

AUTO AVALIAÇÃO
Escreva um programa que peça três inteiros, correspondentes a dia , mês e ano. Peça os números até conseguir valores que estejam na faixa correta (dias entre 1 e 31, mês entre 1 e 12 e ano entre 1900 e 2100). Verifique se o mês e o número de dias batem (incluindo verificação de anos bissextos). Se estiver tudo certo imprima o número que aquele dia corresponde no ano. Comente seu programa.
PS: Um ano é bissexto se for divisível por 4 e não for divisível por 100, exceto para os anos divisíveis por 400, que também são bissextos. 

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